Guilherme Coelho – Presidente da Abrafrutas
Exportações de frutas foram impactadas por desafios climáticos no Nordeste e Sul do Brasil em 2022, diz presidente da Abrafrutas
O ano de 2022 foi marcado por intempéries climáticas que geraram desafios para o setor de frutas tipo exportação no Brasil, segundo o presidente da Associação Brasileira dos Produtores Exportadores de Frutas e Derivados (Abrafrutas), Guilherme Coelho. Os dados consolidados da entidade, que vão de janeiro a setembro deste ano, apontam para queda em faturamento (em dólar) na ordem de 12%, e em volume, na casa dos 15%.
Coelho detalha que este déficit na comparação com os resultados de janeiro a setembro de 2021 se deu por causa de problemas climáticos. A região Nordeste do país, que concentra cerca de 70% das exportações de frutas, segundo ele, foi prejudicada pelas chuvas, enquanto o Sul do Brasil, pela estiagem.
Além disso, a crise dos fertilizantes, motivada pela guerra entre Rússia e Ucrânia, também atingiu o setor com os altos custos dos insumos. Para além disso, há de ser considerado também o preço dos fretes, já encarecidos pela pandemia da Covid-19 e agravado pelo conflito armado entre os dois países do Leste Europeu.
Apesar destes desafios, o presidente da Abrafrutas destaca que os números consolidados dos embarques das frutas brasileiras, que devem ser divulgados em janeiro, devem chegar perto do faturamento obtido em 2021, que foi de US$ 1,60 bilhão.
“Estamos muito animados com 2023, com a prospecção de exportar uva para a China, limão e abacate para os Estados Unidos, maçã para a Tailândia. O mercado de exportação das frutas brasileiras é muito vivo”, disse.