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Preços de frutas e hortaliças tiveram ‘queda generalizada’ em julho, diz Conab

Valores médios caíram té 47,69%, no caso da cenoura, e 43,96%, para o tomate

O mês de julho foi marcado por uma “queda generalizada nos preços” de frutas e hortaliças, com um aumento de 6,4% na comercialização em relação ao mês de junho, e 0,8% em relação ao mesmo mês do ano passado. Os dados constam no 8º Boletim do Programa Brasileiro de Modernização do Mercado Hortigranjeiro (Prohort), divulgado nesta sexta-feira (16/8) pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab).

De acordo com o boletim da Conab, as hortaliças, em geral, tiveram variações nas praças regionais, influenciadas pelo clima e disponibilidade do produto nas Ceasas.

Segundo a Conab, a média ponderada de preços gerais caiu até 47,69%, no caso da cenoura, e 43,96%, no caso do tomate, em julho em relação ao registrado em junho. Os motivos são a maior presença desses alimentos no atacado brasileiro.

Segundo Juliana Torres, analista da Conab, a queda dos preços da cenoura é “preocupante para os produtores, que estão tendo baixa rentabilidade do produto com a remuneração menor que o custo de produção”. O preço, na média ponderada, foi de R$ 2,53/kg. Os preços estavam elevados até o mês de maio, apresentando queda em junho e julho.

Cenoura teve queda de 47,69% nos preços — Foto: Max Pixel/Creative Commons
Cenoura teve queda de 47,69% nos preços — Foto: Max Pixel/Creative Commons

alface, na contramão, custou R$ 4,94 a cabeça entre junho e julho na média ponderada, uma leve alta de 1,08% considerando todas as regiões. A Ceasa que teve o segundo maior volume de comercialização foi em Fortaleza, o que influenciou o movimento do alface. “É normal o alface nessa época do ano ter uma oferta menor, porque os produtores sabem que a demanda é menor no frio”, explicou Torres.

A oferta do tomate subiu 13% de junho para julho, sendo o maior volume registrado entre os meses de 2024, e se igualando aos meses de novembro e dezembro de 2023, quando foi registrada a maior oferta do ano. O preço, na média ponderada, foi de R$ 2,79. “É provável que nas próximas semanas haja uma reversão de preços, com pouco produto no ponto de maturação, então a tendência para os próximos meses é de alta”, diz Torres.

Com a entrada da safra de inverno, a cotação da batata começou a cair. A maior baixa de preço foi observada na Ceasa de Rio Branco (queda de 35,57%), seguida da diminuição na Central em Fortaleza (queda de 17,22%).

“Porém, como em abril, maio e junho a tendência foi de elevação, os preços continuaram em patamar elevado. Por exemplo, em julho de 2023 o preço médio da batata na Ceagesp (SP) estava R$3,46/kg e em julho deste ano registrou R$5,82/kg, incremento de 68%”, exemplifica o boletim da entidade.

Para a cebola, no último mês, houve uma “queda unânime dos preços”, e a média ponderada diminuiu 11,14%, chegando a uma queda de 28,69% na Ceasa no Acre. As maiores quantidades do bulbo nos mercados em julho explicam o arrefecimento nos preços.

 

Entre as frutas, no mês de julho, os principais movimentos de quedas ocorreram com mamão (-19,57%), melancia (-3,27%), maçã (-2,66%) e banana (-2,31%), devido a maior oferta no mercado atacadista somada à retração da demanda em razão das férias escolares e da estação mais fria.

Mamão teve queda de 19,57% nos preços — Foto: Wenderson Araujo/CNA
Mamão teve queda de 19,57% nos preços — Foto: Wenderson Araujo/CNA

“No caso do mamão, a queda mais expressiva dos preços se deu em decorrência da colheita em novas plantações e ao tempo adequado para o desenvolvimento das frutas, em especial no norte capixaba e sul baiano. O volume ofertado fez com que os produtores fizessem o controle do envio da fruta, a fim de impedir uma depreciação maior dos preços”, explicou a Conab.

“Muitos produtores ao longo do mês evitaram colher frutas pequenas, com manchas ou muito maduras para tentar segurar a queda dos preços”, explicou Torres.

Em movimento contrário ao registrado nas cotações médias das demais frutas, a laranja seguiu com alta nos preços na média ponderada de 6,91%. A expressiva demanda para moagem da fruta, em um contexto de baixos estoques de suco, provocou as subidas tanto no atacado, quando no varejo.