Feito a partir da resposta de mais de 7 mil pessoas ao redor do mundo, incluindo o Brasil, estudo revelou ligação entre maior consumo de frutas e menor risco de sintomas depressivos
Um novo estudo conduzido por pesquisadores do Centro para Envelhecimento Cerebral Saudável (CHeBA) da Universidade de New South Wales (UNSW Sydney), na Austrália, mostra que um maior consumo de frutas pode ser um importante fator na redução do risco de depressão.
Ao todo, os cientistas entrevistaram 7.801 adultos que não tinham depressão. Eles então analisaram o consumo de frutas e vegetais por meio de um questionário, respondido com base no autorrelato dos voluntários, que abordava a frequência e seus históricos alimentares. Possíveis sintomas de depressão também foram avaliados nesse meio tempo.
As associações entre a ingestão de frutas e vegetais e a incidência de depressão ao longo de um período de 3 a 9 anos foram analisadas utilizando a regressão de Cox, um método que permite a construção um modelo preditivo que estima a probabilidade de ocorrência do evento em um determinado momento. A partir disso, concluiu-se que existe de fato uma ligação benéfica entre o maior consumo de frutas e um menor risco de desenvolver depressão.
O estudo aponta ainda a probabilidade de que diferentes tipos possam ter impactos distintos no risco de depressão. A evidência de que frutas cítricas e vegetais de folhas verdes estão associados a um menor risco de sintomas depressivos é especialmente forte. Embora os resultados desta análise indiquem um benefício potencial da ingestão de vegetais, eles não foram estatisticamente significativos.
“A razão pela qual encontramos uma relação benéfica para a ingestão de frutas, mas não de vegetais, pode ser que os vegetais são normalmente consumidos cozidos, o que pode impactar seu conteúdo de nutrientes, enquanto as frutas são geralmente consumidas cruas”, diz a pós-doutoranda Annabel Matison, que liderou o estudo, em comunicado. “De qualquer forma, a descoberta da associação protetora entre a ingestão de frutas e o risco de depressão demonstra a necessidade de dar maior ênfase à dieta nos cuidados de saúde.”
Fonte: Revista Galileu