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Estado triplica capacidade de exportar melão para o chile

Com o surgimento de novas empresas exportadoras, a ideia é oxigenar o mercado e ir além das commodities de frutas, sal, crustáceos e tecidos de algodão, características do estado. Mesmo buscando novos horizontes, o RN se mantém como líder absoluto de produção de melão no país e com ótimas perspectivas de crescimento devido ao aumento da capacidade de exportação para o Chile. O Estado passou de quatro fazendas e três empacotadeiras em 2020 para mais 13 fazendas e 11 empacotadeiras habilitadas neste ano, triplicando assim a capacidade de exportação, de acordo com o Instituto de Defesa e Inspeção Agropecuária do RN (Idiarn).
Na prática, a exploração de outros segmentos como a tecnologia da informação, bordados, cachaças, tintas, cosméticos, sorvetes, massas, biscoitos, suplementos e embalagens, deve atrair mais investimentos e consequentemente gerar mais empregos para o mercado interno do Rio Grande do Norte. “Nós já temos os produtos que sabemos que serão exportados, que são as commodities de fruta, por exemplo, mas nós temos uma vasta variedade de empresas que já estão exportando. Temos empresas de TI, de prestação de serviços para manutenção de poços de petróleo e inclusive empresas de frutas também. Isso é importante para mostrar que o Rio Grande do Norte não é só commoditie, que nós também produzimos outros produtos e serviços. É um trabalho de fortalecer laços com todo o ecossistema produtivo. Esse é o papel do Peiex e quando identificamos uma deficiência na empresa, que não temos como resolver, nós encaminhamos para os nossos parceiros”, comenta o monitor do Peiex, João Costa.

Das 150 empresas cadastradas no Peiex, 100 ficam na capital, 25  no Oeste potiguar e 25 no Seridó, na região Central do Estado. A Massas Jucurutu, natural da cidade potiguar de mesmo nome, localizada no Vale do Açu, está há duas décadas no mercado, e é uma das empresas que recebeu a consultoria do Peiex, mas que ainda não iniciou a venda para fora do país. A expectativa é de que as bolachas e biscoitos da fabricante, que já tem penetração em todos os estados do Brasil, sejam enviados mundo afora em 2022. “Devido a nossa grande capacidade comercial, a Peiex nos procurou para mostrar que temos essa capacidade para entrar nesse nicho de mercado que existe lá fora. A gente não conhecia essa parte de exportação, mas tinha uma curiosidade, então juntou o útil ao agradável. No exterior tem muita gente, muito brasileiro que nos pergunta via redes sociais, então nós sentimos que podemos exportar em breve, e 2022 será um ano decisivo nisso”, afirma Gladson Lopes, diretor comercial da empresa que hoje desmancha 10 mil toneladas de farinha todos os dias.

O empresário José Ferreira, proprietário da Frio Bom também pretende cruzar o Atlântico para levar sorvetes, picolés e açaí ao comércio internacional. Após a preparação pelo Peiex, a projeção é de que isso aconteça ainda em 2021. “Às vezes tem um público lá fora querendo comprar o nosso produto e a gente nem sabe, então a capacitação foi muito útil nesse sentido em mostrar todos os caminhos até a exportação. Vou priorizar agora a parte dos investimentos que faltam em questões de adequações para poder prospectar esse mercado. Minha perspectiva é de que até o final do ano possa fazer essas adequações para poder realmente entrar na exportação”, diz.

Fonte: Tribuna do Norte