Fotoperíodo é o comprimento do dia e interfere no desenvolvimento fenológico das plantas
A cultura do morango é altamente responsiva a fatores ambientais, como a temperatura e o fotoperíodo para o desenvolvimento do ciclo de produção. A temperatura é um agente regulador da floração e o fotoperíodo se refere ao tempo de exposição da planta à luz solar. Atualmente, as cultivares comerciais de morango são divididas em duas classificações, de acordo com o fotoperíodo: cultivares de dia curto e cultivares de dia neutro.
Cultivares de dia curto, tem o florescimento induzido por temperaturas noturnas entre 8 e 15ºC e fotoperíodo menor que 14 horas de luz. O período indicado para plantio é entre abril e maio, com produção que se estende até dezembro ou janeiro. Temperaturas mais elevadas e a maior luminosidade incidente nos meses iniciais do ano, fazem com que as plantas entrem em estado vegetativo, reduzindo a produção. São representantes desse grupo as cultivares Camarosa, Camino Real e Benícia.
Já as cultivares de dia neutro não sofrem interferência do fotoperíodo, contudo, são suscetíveis à temperatura. Elas florescem em temperaturas entre 10 e 28ºC e números fora desses limites, interferem na floração e logo, na frutificação. O período indicado para plantio das mudas compreende os meses de maio a outubro, com início da produção entre 3 e 4 meses após o plantio, de acordo com a localização da lavoura. As cultivares de dia neutro – frequentemente utilizadas em sistemas de cultivo protegido, com semi-hidroponia – têm produção de frutos por um período que varia de 15 a 24 meses ininterruptos, conforme o manejo; o que garante a disponibilidade de frutos na entressafra com maior valor de comercialização. Representam esse grupo, as cultivares Albion, Aromas, Monterrey, San Andreas e Portola.
O morango é uma cultura muito sensível a questões ambientais, a condição nutricional e ao ataque de pragas e doenças, por isso, um manejo assertivo é essencial para o sucesso produtivo das lavouras, independente do sistema de produção adotado.
Fonte: Embrapa, 2016.