Segundo o diretor do Departamento de Defesa Vegetal da Seapi, Ricardo Felicetti, o objetivo principal do vazio sanitário é o controle de vetores da virose do endurecimento dos frutos do maracujazeiro causada pelo Cowpea aphid-borne mosaic virus.
“Essa é a mais importante virose do maracujazeiro em termos mundiais e pode se tornar fator limitante para o desenvolvimento da cultura no Rio Grande do Sul, como já ocorreu em outras regiões do país”, destaca o engenheiro agrônomo.
Felicetti explica que o controle da doença é dificultado, principalmente, porque as espécies de maracujá exploradas comercialmente não são resistentes ao vírus ou tolerantes à doença.
“E ela reduz a vida útil dos pomares de 36 para 18 meses”, pondera. “Precisamos fortalecer a economia e o bem-estar dos produtores rurais gaúchos, e compete ao Estado estabelecer medidas fitossanitárias para assegurar e preservar a sanidade dos vegetais”.
Outros fatores apontados para a instalação do vazio sanitário foram a importância crescente da cultura do maracujá para a agricultura familiar gaúcha e sua viabilidade de produção em pequenas áreas; e a importância econômica adquirida pela cultura nos municípios do Litoral Norte do Estado.
Felicetti alerta que todos os produtores de maracujá-azedo do Rio Grande do Sul deverão efetuar o cadastro de sua produção no Sistema de Defesa Agropecuária da Seapi.
Fonte: Notícias Agrícolas