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O prazo está ficando mais curto para as exportações de uvas brasileiras.

Com janelas de negociação cada vez mais curtas, tarifas exorbitantes e pressão crescente de concorrentes globais, o mercado de exportação de manga e uva está em um ponto de virada, onde cada decisão logística pode fazer a diferença entre o sucesso e a perda.

A Grand Valle, empresa sediada no Vale do São Francisco, no Brasil, produz e exporta mangas e uvas, atendendo mercados como Europa, Estados Unidos, América do Sul e, em breve, China. Com 700 hectares de manga e 160 hectares de uva em produção, Ilvison Silva (gerente de compras de frutas), Aléxia Souza (comércio exterior) e João Souza (comércio exterior) garantem que a empresa segue firme diante dos desafios do setor.

“Estamos confiantes de que teremos mais um bom ano, com forte produção e altas perspectivas de vendas, apesar dos desafios do setor.”

“A safra de 2025 é marcada por uma situação climática incomum, com uma redução de 30% nas chuvas no Vale do São Francisco. No entanto, isso não afetou negativamente a produção de manga, pois a fazenda tem irrigação controlada pelo Rio São Francisco, e prevemos poucos problemas com a colheita principal quando chegar o segundo semestre do ano”, explicaram.

 

Quanto às uvas, a situação é mais complexa. A competição internacional dita o ritmo da janela comercial cada vez mais apertada para as uvas brasileiras. A Índia abastece o mercado até a semana 17 ou 18, enquanto o Egito começa a chegar a partir das semanas 19 e 20, deixando ao Brasil uma margem estreita entre as semanas 17 e 20 para exportar para a Europa sem enfrentar uma saturação severa. A Inglaterra, por sua vez, mantém certas expectativas para as uvas brasileiras, com possibilidade de colocá-las no mercado até as semanas 25 e 26.

O Peru, por sua vez, encerra sua campanha no final de fevereiro, abrindo temporariamente o mercado europeu, e o Chile continua enviando uvas para os Estados Unidos a preços baixos em relação aos do Brasil, aumentando a pressão sobre os exportadores brasileiros.

“Soma-se a isso o impacto das tarifas na Europa, que variam entre 8% e 14%, já que um contêiner de uvas sempre terá que pagar um imposto de € 3.800 a € 4.000”, comentaram, em contraste com os custos mais baixos nos Estados Unidos, onde se paga cerca de US$ 1.500 por contêiner.

 

Essa diferença de custos levou muitos produtores a priorizar o mercado local no primeiro semestre do ano.

“O percentual de produção para exportação neste ano diminuirá. O preço EXW ( ex-works ) para uma caixa de 8 kg de uvas brancas está em torno de US$ 25 a US$ 26 no mercado local, enquanto as uvas chilenas competem com preços entre US$ 14 e US$ 16, o que está pressionando os exportadores brasileiros a repensarem suas estratégias, principalmente considerando que o mercado local mantém boas perspectivas, principalmente para as uvas brancas. Estima-se que nas próximas semanas o volume de uvas chilenas diminuirá, o que abriria a possibilidade de planejar embarques para mercados como a Argentina”, confirmaram.

 

 

A empresa planeja visitar a China em maio. “Já há boas perspectivas para abrir as exportações de uvas para a China”, observaram, o que pode representar uma oportunidade importante dada a saturação de outros destinos.

Em relação à logística, eles mencionaram que os custos continuam altos e os atrasos nas remessas continuam sendo um problema frequente, com impactos diretos na qualidade e no preço da fruta. No entanto, eles destacaram uma tendência positiva na exportação de mangas e uvas para a Argentina, onde o número de embarques semanais dobrou.

 

Para mais informações: Ilvison Silva, Aléxia Souza e João Souza
Grand Valle
Brasil
Tel.: +55 87 98842 4392
joaomarcos@grandvalle.com
www.grandvalle.com.br

 

Fonte: Fresh Plaza