O Presidente da Abrafrutas, Guilherme Coelho, esteve hoje, a convite oficial do Governo Brasileiro, participando do Fórum dos Conselhos Empresariais da Rússia e Brasil em Moscou. Este evento que reuniu autoridades e lideranças empresariais dos dois países, foi organizado com o objetivo de estreitar laços econômicos e fomentar negócios entre os dois membros do BRICS.
A Rússia é uma importante parceira comercial para a fruticultura brasileira de exportação. Em 2021, foram enviadas 33,3 mil toneladas de frutas para o mercado russo, com seus 140 milhões de habitantes, gerando receitas para o Brasil de US$ 25 milhões. A maçã foi a fruta mais exportada com mais de 21 mil toneladas, mas outras frutas como a manga, a melancia, o melão e o limão, começam a conquistar também a preferência dos consumidores daquele país.
Durante sua participação direta no Fórum, como líder da entidade que representa a fruticultura nacional, Guilherme Coelho falou sobre as potencialidades do setor na contribuição para a segurança alimentar de seus parceiros comerciais, na diversidade das espécies produzidas durante praticamente o ano todo no Brasil e, particularmente, no semiárido brasileiro, na geração de empregos e a contribuição da fruticultura para o desenvolvimento regional nos polos de produção, tornando o Brasil um fornecedor confiável, que respeita os princípios da sustentabilidade e que contribuiu internacionalmente no fornecimento de alimentos saudáveis no período desafiador da pandemia.
“Durante a crise global de saúde pública causada pelo Covid, cresceram significativamente o consumo e as exportações de frutas globais porque as pessoas ficaram mais alertas para a alimentação saudável. O mundo está consumindo mais frutas e a Rússia teve a oportunidade de completar a sua oferta de frutas para os seus consumidores adquirindo do Brasil espécies tropicais não produzidas aqui e complementando os volumes de frutas como a maçã, em período de entressafra. Existe hoje uma ampla rede de importadores e varejistas, integrada para a distribuição e disponibilização das frutas brasileiras no mercado russo”, afirmou Guilherme Coelho.
Outro ponto relevante destacado pelo Presidente da Abrafrutas foi a questão dos fertilizantes, particularmente das matérias primas desses insumos na Rússia, e sua importância para a produção de frutas. O Brasil importou US$ 3,5 bilhões desses produtos em 2021 e torna-se fundamental para a fruticultura e todo o agronegócio brasileiro, os esforços para assegurar o bom funcionamento desse importante segmento na cadeia de suprimentos dos alimentos.
“Hoje o Brasil é uma potência no agronegócio global e nós precisamos de mais adubos, para que possamos continuar produzindo bem e enviar nossa produção ao mundo”, disse Coelho.
O evento colocou em destaque projetos e desafios atuais que afetam o desenvolvimento pleno da cooperação russo-brasileira no campo comercial, econômico e de investimentos. Além disso, com os resultados do Fórum, será elaborada uma lista de propostas consolidadas de empresas russas e brasileiras, visando o reforço da cooperação a ser apresentada às autoridades governamentais competentes dos dois países.
Por: Telma Martes, comunicação Abrafrutas